quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Casamento para os Ciganos

A importância, tradição e os preparativos que envolvem o casamento entre os ciganos, reforçam sua origem oriental Indiana.

A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores.

Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro.

Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.


Mas os rituais que envolvem o noivado e o casamento são um capítulo à parte.

O mais curioso é que a noiva é vendida ao pai do noivo.Depois de acertado o acordo, os noivos trocam objetos, que podem ser um punhal ou uma moeda de ouro, que serão guardados até o dia do casamento.

A noiva envolve o seu presente num lenço de seda vermelho, que alguns dias antes da cerimônia do noivado fica amarrado a uma garrafa de vinho.

A família do rapaz é resposável pelo pagamento da noiva,de um vestido branco e outro vermelho para o ritual do casamento, do enxoval e de toda a festa.

Durante a comemoração, a familia da noiva não tem obrigação de ajudar, nem de servir a mesa.
E no período de noivado, os dois têm que se evitar, só se comunicando por recados enviados por amigos ou parentes.

A festa de noivado dura dois a seis dias.As mulheres usam seus melhores vestidos e jóias.
A noiva se veste de branco, e o ponto alto da festa é o ritual dos punhais que é feito um corte no pulso dos dois.

Nesse instante, os pulsos são unidos,simbolizando a união numa só vida. Em seguida, os pulsos dos noivos são amarrados por um lenço vermelho, que é guardado junto com os punhais e substituem as alianças .

Já no casamento são usados os mesmos símbolos do noivado: os punhais, o lenço vermelho, o vinho, pão, sal e uma taça de cristal.

O vinho é para garantir a alegria permanente do casal, o pão e o sal representam a união, a taça de cristal é para que a harmonia se mantenha presente e o punhal serve para comunhão de sangue.

http://amagiadosciganos.blogspot.com

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