terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Tipos de Danças Árabes
DANÇA DO JARRO ou da Samaritana: Elemento Água - Deusa Afrodite A Dança do Jarro é uma dança sagrada com ligação ao elemento água, estilo que pode ser praticado de duas maneiras: como ritual e no cotidiano. A dança do jarro pode ser uma dança folclórica, neste caso a bailarina representa e interpreta a rotina das beduínas, que caminhavam de sua tenda até o oásis, onde descansavam, refrescavam-se com a água do rio, pegavam um pouco de água em seus jarros e retornavam à sua tenda. É também conhecida como dança do rio Nilo. Representa fertilidade. Como ritual, as sacerdotisas cultuavam os elementos da criação, principalmente a água, elemento vital no antigo Egito. Era executada em cerimônias presididas pelos faraós à beira do rio Nilo, para pedir ao rio que inundasse as terras em suas margens, possibilitando as plantações e as boas colheitas. Na dança, usa-se o jarro em apresentações com músicas rítmicas folclóricas, com vestidos soltos presos com uma faixa nos quadris. Pode ser utilizado com músicas mais lentas e movimentos sinuosos, representando os banhos das Sacerdotisas. Dança do Jarro é a "reverência à água". Na sua prática, você deve se remeter ao antigo Egito e imaginar a bailarina indo até o Rio Nilo em busca de água. Todos os movimentos da dança estão ligados a este fato que deve ser, lembrado sempre que for dançar.
DANÇA DO PANDEIRO (Daff): Elemento Terra - Deusa Perséfone. Era sempre feita com o sentido de comemoração, de alegria e de festa. Muito utilizado em ritmos árabes para saudar a colheita em seus festivais no campo. Para dançar com o pandeiro usa-se músicas rítmicas que propiciem as marcações com o instrumento no corpo da bailarina. É uma dança cigana-egípcia, pode ser usada só com Percussão ou Said, Laff ou Fallahi.
DANÇA GHAWAZEE: É um atrativo muito alegre e divertido. Uma espécie de bailado de camponesas ciganas egípcias, com vestidos compridos e coloridos, cheios de pastilhas e lenços de moedas amarrados a cabeça. São muito graciosas e risonhas. Contagiam todos a seu redor.
DANÇA DO ZHAR: É uma dança ritualística popular egípcia, onde a bailarina trabalha giros, movimentos de cabelo, como se estivesse em transe.
KHALEEGE ou KALIJI: É a dança folclórica do Golfo Pérsico, teve origem nos Emirados Árabes, é dançada no ritmo Saudi. Como nesta dança a bailarina usa um vestido muito largo e longo, ricamente bordado, os movimentos utilizados são basicamente de cabeça, cabelos, braços, ombros, pernas e os pés que têm um trabalho muito simples nessa dança.
DANÇA DAS FLORES : Dança ligada à colheita. A bailarina oferece flores ao público enquanto dança.
MELEA LAF : Significa "Dança do lenço enrolado". É uma dança que representa as mulheres do subúrbio do Cairo e Alexandria. Na década de 1930 essas mulheres usavam vestidos curtos e justos e para não chocar a religião muçulmana, se enrolavam em grandes lenços pretos ajustando-os ao corpo. Seus maridos, pescadores saíam em viagem sem data para voltar. Elas acreditavam que se dançassem para eles na despedida eles ficariam seduzidos e voltariam logo. Mais tarde as profissionais da dança incluíram esta dança em seus repertórios.
DANÇA DA BENGALA ou Bastão (Raks Al Assaya): Elemento Terra - Deusa Hator Simbolismo: A Dança da Bengala é uma dança masculina que foi adaptada pelas bailarinas. É dançada em um ritmo chamado Saaidi, os vestidos são os mais utilizados. Podem ser justos ou mais folgados, preferencialmente com aberturas laterais. Lenços de medalhas nos quadris. Nessa dança mostra-se a destreza da dançarina, o equilíbrio, o charme, destacando seus movimentos de quadril e fazendo uma paródia em relação à dança combativa masculina chamada "Tahtib". Esta dança demonstra força, beleza e sensualidade. Usa-se acessórios de moedas, nos quadris e na cabeça. É considerada a dança dos pastores. O bastão simboliza o cajado, que é usado para tanger seu rebanho, geralmente de cabras. É dançada por mulheres, que, no final da tarde, fora de suas tendas, em volta de fogueiras, comemoram e dançam a modalidade com suas túnicas coloridas e com véus nos quadris, "brincando" com o bastão, com agilidade e graça. Sua origem remonta de tempos antigos quando no final do dia os pastores que tangiam rebanhos com bengalas ou bastões, dançavam alegremente com suas mulheres nos Oásis e em volta das tendas.
DANÇA DO TAHTIB: É uma dança com bastões masculina, aparentando uma luta, ao som de tambores (derbak, tabel, mazhar, deholla, bendir...), e guiado através de mizmar (aquela flauta que parece uma cornetinha de madeira) e o som inebriante do rabeb. É uma dança marcial masculina do Egito, realizada com longos bastões que eram, historicamente, usados em combate.
DANÇA DO CANDELABRO ou Castiçal (Raks El Shemadan), Elemento Fogo - Deusa Nut: É uma dança tradicional Egípcia, comum nos casamentos. A bailarina lidera o cortejo dos noivos com um candelabro aceso equilibrado na cabeça para iluminar o caminho do casal. O fogo das velas representa a vida. Por isso, essa dança é freqüentemente realizada em festas de aniversário. O candelabro deve ser específico para a dança, tendo assim o apoio adequado para a cabeça da bailarina. O ritmo usado deve ser lento. Sua performance e movimentos são delicados.
TAÇAS - Folclore egípcio. É uma dança muito antiga ligada a Dança do Castiçal. Pode ser usado em festas de casamento, aniversários, batizados.Usa-se música lenta. A bailarina exterioriza sua deusa interior, fazendo do seu corpo um veículo sagrado e ofertado. O fogo das velas representa a vida.
DANÇA COM SNUJS - Snujs ou Címbalos ou Saggat: Elemento Ar - Deusa Basted (Deusa Gata que proteje principalmente as crianças): Instrumento muito parecido com ''castanholas metalizadas", é bastante utilizadas pelas bailarinas para dar ritmo à dança e acompanhar a música. Essa dança tem mais de três mil anos e eram usados pelas sacerdotisas para energizar, trazer vibrações positivas e retirar os maus fluidos do ambiente. Existem vários tipos e tamanhos de snujs, com sons e timbres variáveis. Todos são feitos de latão ou bronze. Podem ser grandes, pequenos, altos e baixos. O tamanho ideal para as bailarinas é o médio.Os baixos são considerados os melhores e fixam melhor nos dedos. Os snujs são tocados nas pontas dos dedos, com o elástico colocado atrás das cutículas. Este instrumento requer muita prática e habilidade, principalmente quando a bailarina se propõe a tocar enquanto dança, e deve ser batido delicada mas rapidamente, para que o som saia claro e limpo. Os snujs dão vivacidade às apresentações.
DABKE : O dâbke é uma dança folclórica de celebração, tradicional entre os povos árabes. Executada em grupo por uma longa cadeia de dançarinos homens e mulheres que se dão às mãos e se movem em círculo aberto, ou ao longo de extensa linha. Os passos cadenciados rígidos e a forte marcação com os pés indicam o papel primordial do homem nesta dança, cuja história está na cadência de seu passo decisivo ao amassar o barro para a construção da sua casa.
DANÇA DOS CINCO ELEMENTOS: É uma dança de devoção. Os cinco elementos são a água, a terra, o fogo, o ar e o éter. Cada um destes elementos tem movimentos específicos na dança que o simbolizam. De modo geral, o ar é dançado com os movimentos de véus; a água recebe ondulações de mãos, o movimento da sereia, o parto; a terra vem com o movimento de representação do crescimento de uma árvore; o fogo é representado por movimentos de serpente e ondulatórios de quadril, simbolizando a subida da kundaline, energia sexual; e o éter tem seu simbolismo no camelo, escolhido por passar longos períodos sem água ou alimentação em condições adversas, como se sua força viesse de uma fonte de energia não material.
DANÇA DA SERPENTE: Antigamente a bailarina dançava com uma serpente de metal (muitas vezes de ouro), pois este animal era considerado sagrado e símbolo da sabedoria. Atualmente vê-se algumas bailarinas dançando com cobras de verdade, mas isto deve ser visto apenas como show de variedades, já que nem nos primórdios da dança o animal era utilizado. Justamente por ser considerada sagrada, a serpente era apenas representada pelos adornos utilizados pelas bailarinas e pelo movimento do seu corpo. Verifica-se um registro no livro La Danza Mágica Del Vientre, de Shokry Mohamed, de uma bailarina retratada numa dança empunhando uma serpente. No Oriente Médio também os derviches, através de suas danças tribais e catárticas se utilizavam de serpentes. Nos dias atuais, temos inicialmente a popularização da dança do ventre com a serpente nos Estados Unidos. Pode-se usar no lugar de serpente, e já que serpente de metal, principalmente ouro seria muito caro, substituir por uma corda.
DANÇA DO PUNHAL ou Adaga: Elemento Fogo - Deusa Lilith Surgiu nos bordéis da Turquia, quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700). Época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia. O punhal era um instrumento de defesa e de comunicação entre a bailarina e a platéia.Representa a morte, a transformação e o sexo. A dança do punhal é uma dança forte, portanto a bailarina deverá usar músicas fortes. Para os ciganos o punhal é um símbolo que purifica as energias.
Significado de alguns movimentos com o punhal:
- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre; com a ponta para dentro: está escravizada;
- Punhal no peito: significa demonstração de amor;
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo;
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia;
- Punhal na horizontal da testa: assassino;
- Punhal nos dentes: desafio, destreza;
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza;
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança;
- Punhal entre as mãos, em movimento sinuoso: homenagem a alguém da platéia.
DANÇA SUFI: Apresenta seus dervixes (homens com roupas de saia rodada, muito coloridas), que giram, giram, giram durante quarenta minutos seguidos, fazendo evoluções impressionantes.
DANÇA DA ESPADA , Elemento Fogo: Dança em homenagem à deusa Neit, mãe de Rá. Por ser uma deusa guerreira, ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura dos caminhos. A dança da espada também podia ser feita como homenagem a Maat, a deusa da justiça. Existem duas lendas para a origem da dança da espada. A primeira, conta que, na antigüidade, as mulheres roubavam as espadas dos guardiões do rei para dançar, no intuito de mostrar que a espada era muito mais útil na dança do que parada na cintura deles ou fazendo mortos e feridos. A segunda diz que, na época, quando um rei achava que tinha muitos escravos, dava a cada um uma espada para equilibrar na cabeça e dançar com ela. Assim, deveria provar que tinha muitas habilidades. Do contrário, o rei mandaria matá-lo. O certo é que, nesta dança, a bailarina deve saber equilibrar com graça a espada na cabeça, no peito e na cintura. É importante também escolher a música certa, que deve transmitir um certo mistério. Este instrumento representa a coragem e a força exteriorizadas pela inteligência e astúcia. Já que é uma dança é clássica o ideal é dançá-la com música clássica. A espada é sempre utilizada com movimentos corporais "alongado" e com muita leveza. Pontos de equilíbrio da espada: cabeça, busto, ventre, cintura, joelho, mãos, braços.
DANÇA DOS 7 VÉUS - Simbolismo: A Dança dos 7 Véus é muito antiga e sagrada. O véu, na verdade, "desvenda" a sabedoria. Espiritualmente, os 7 véus estão ligados aos 7 chakras em equilíbrio. A retirada e o cair dos véus, significam o "cair da venda", a consciência espiritual. A dança dos sete véus é um dos mais famosos, belos e misteriosos ritos primitivos. Embora muita gente acredite que se trata da mais antiga versão do strip-tease, a dança não tinha um caráter exclusivamente erótico. Não era praticada em ritos de fecundação, mas pelas sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Ísis. A sacerdotisa oferecia a dança para a deusa Isis, que existe dentro dela, e lhe dá beleza e força. Realizada em homenagem aos mortos pelas sacerdotisas, em seus templos, que retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada ao mundo dos mortos sem apego a bens materiais. A dança dos sete véus pode ser realizada, também, em homenagem à deusa babilônica Ishtar, deusa da vida e da morte, do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Ishtar descia ao mundo subterrâneo passando sete vezes por sete portais, deixando em cada um deles um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano, representados pelos véus. Os véus nesta dança significam a decida da mulher ao seu mundo interior. São os sete mistérios da deusa Ísis (a mulher busca os mistérios para se espiritualizar). Através da dança do ventre a mulher entra em contato com a sua Deusa Interior, localizada no útero. O desvendar dos véus, significa a descoberta dos seus chakras. Cada cor de véu corresponde a uma energia de um chakra. Os sete véus representam os sete graus de iniciação, os sete chakras corporais, as sete cores do arco-íris e os sete planetas. A retirada e o cair dos véus significa o cair da venda, despertando a consciência. É a evolução espiritual. Realizada em homenagem aos mortos pelas sacerdotisas, em seus templos, que retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada ao mundo dos mortos sem apego a bens materiais.
1º Véu: COR VERMELHO: O véu vermelho está representa Marte e o chakra base, sua retirada significa a vitória e libertação do amor cósmico, paixões, e da confiança sobre a agressividade. Entra-se com o véu vermelho, com movimentos fortes de véu e quadris, como batidas e shimies. Normalmente o véu vermelho mede 3 metros.
2º Véu: COR LARANJA: O véu laranja representa Júpiter e o chakra sexual, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção, ajuda ao próximo e libertação da raiva e dos sentimentos de ira O véu fica preso no quadril. Executa-se movimentos de shimies, oitos, redondos, o véu acompanha com movimentos na altura do chakra.
3º Véu: COR AMARELO: O véu amarelo representa o Sol e o chakra plexo solar, que elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo confiança, esperança, alegria, e libertação da ambição e do materialismo. O véu amarelo fica cobrindo a barriga. O véu coordena com os movimentos de ondulações, oitos laterais, oitos com ondulações, redondo interno e redondo grande.
4º Véu: COR VERDE: O véu verde representa Mercúrio e o chakra cardíaco, que mostra a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos, e também a saúde e o equilíbrio do corpo físico. O véu pode ficar no bustiê ou em um dos braços. Executa-se movimentos de busto e braços.
5º Véu: COR AZUL: O véu azul representa Vênus e o chakra laríngeo, e significa que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos, é o encontro da serenidade. O véu pode ficar no pescoço ou no outro braço preso ao bracelete. Usa-se os véus verde e azul juntos com movimentos de cabeça.
6º Véu: COR LILÁS: O véu lilás, que representa Saturno e o chakra frontal, mostra a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena, desenvolvimento da percepção sutil, transmutação da alma e libertação da negatividade. O véu cobre o rosto como chador. Usa-se expressão de olhos e cabeça.
7º Véu: COR BRANCO: O véu branco mostra a pureza e o encontro da Luz.
Fonte: salamaleiko.blogspot.com
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